Não há profissão em Portugal que seja mais escrutinada e mais observada que a profissão de professor. Tal deve-se em parte à sua própria natureza: é uma profissão muito exposta, quer a alunos, quer a pais. Este escrutínio é por isso normal. O que já não é muito normal é a obsessão que se criou (que este governo criou) em torno da chamada "avaliação dos professores". Obsessão, porque ela é apenas direccionada para esta classe profissional. Ninguém fala em avaliação dos médicos, dos militares, dos juízes, ou dos enfermeiros. No sector privado ainda menos, muita gente ou não é avaliada, ou é avaliada de forma muito rudimentar. Se assim não fosse, Portugal seria um dos países mais desenvolvidos e competitivos da Europa. Porquê, então, esta obsessão avaliativa em relação a uma profissão em particular?
As explicações são várias. A primeira deve-se ao facto de não haver avaliação mais complicada e burocratizada que a que foi aplicada aos docentes, isso por si só, é motivo para se falar no assunto. Mas não é o suficiente para se explicar este dedo avaliativo que a sociedade apontou aos professores. Para isso as explicações são outras: por um lado, enquanto se fala em avaliação de professores, não se escrutinam outras profissões; por outro, ao lançar a população contra uma classe profissional, o governo fez emergir a inveja e o ressabiamento social que muito têm contribuído para manter o assunto na ordem do dia e nas parangonas dos jornais.
As explicações são várias. A primeira deve-se ao facto de não haver avaliação mais complicada e burocratizada que a que foi aplicada aos docentes, isso por si só, é motivo para se falar no assunto. Mas não é o suficiente para se explicar este dedo avaliativo que a sociedade apontou aos professores. Para isso as explicações são outras: por um lado, enquanto se fala em avaliação de professores, não se escrutinam outras profissões; por outro, ao lançar a população contra uma classe profissional, o governo fez emergir a inveja e o ressabiamento social que muito têm contribuído para manter o assunto na ordem do dia e nas parangonas dos jornais.
6 comentários:
Bem visto!
Mas eu acho que, para além de obsessão... há desprezo e até ódio pela classe docente!...
@ NP
Também estou convencido disso.
Professorzecos, voces hadem ver o Sócrates vai acabar-vos com a malandragem.
Caro anónimo, eu só "ouvo" o que me interessa.
Como é que o Sócrates e C& nos "hadem" meter na ordem se os exemplos vêm de cima??Boa sorte a todos os analfabetos deste país, porque deles será o reino de Portugal!:)
Este (e qualquer outro) Ministério da Educação deve rever as prioridades no ENSINO porque quando aluno com 9 negativas transita de ano...
Algo não está certo!!!!!!!!
Há muito a mudar!
Enviar um comentário