... que em 2008 a avaliação no Estado foi feita a 90% dos funcionários. A informação saiu em vários jornais e tem como base os dados fornecidos pelo gabinete do secretário de estado da administração interna:
Se o leitor clicar na imagem poderá ver que para o cálculo dos avaliados, entram nada mais nada menos do que 160174 funcionários do ME. Partindo do principio, altamente improvável, de que todos os 50 mil não docentes foram avaliados, isso significa que os restantes 110 mil avaliados são professores. Tal dado é pura e simplesmente falso, porque em 2008 apenas foram avaliados os professores contratados, cerca de 20 mil. O Governo acrescentou assim 90 mil falsos avaliados, para desta forma poder apresentar uma taxa de 90%. Se tiverem feito com os outros ministérios, o mesmo que fizeram com o da educação, já se imagina a real taxa de avaliados. Mentirosos.
Informação e imagem obtidas aqui.
Informação e imagem obtidas aqui.
3 comentários:
Onde irá isto tudo parar? Jesus....
Caro Levy, penso que já estou a começar a entender a magnitude do problema. Só não entendo é de onde vem os 50 mil não docentes. No ME há 50 mil não docentes? Apenas isso?
@ Daniela,
Segundo as estatísticas de pessoal disponibilizadas pelo próprio ME, há. Grosso modo são 50 mil não docentes e 135 mil docentes (os valores diferem de uns anos para os outros, mas não andarão longe). Pode ver isso no link que eu lhe deixei no "Jamais", se contabilizar apenas o ensino público chegará facilmente a esses valores, quer para docentes, quer para não docentes.
Se assim não fosse, e se assumíssemos como não docentes os 185 mil que aparecem nessa tabela que postei, então o ME teria pelo menos 320 mil funcionários. Coisa que não bate certo com nenhum dado conhecido, nem com as estatísticas de pessoal que o próprio ME publica na internet. O ME não tem 320 mil funcionários.
O que se está a passar, ou é uma enorme trapalhada de números, coisa que eu duvido, ou é manipulação estatística pura e simples.
Não só incluíram os professores no SIADAP, como ainda por cima contabilizaram-nos como estando avaliados em 2008, coisa que é manifestamente falso.
Se estiver a perceber a situação, também já deve ter percebido a dificuldade que há em escrutinar estas coisas, quando elas são envolvidas num enorme "sound-bite" que aponta para 90% de avaliados, e em que o 1º ministro lança nevoeiro para cima das perguntas que legitimamente lhe fazem. Refiro-me claro ao Tiago Moreira Ramalho.
O Paulo Guinote no blogue dele, deu desenvolvimento a este assunto.
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