Cerca de duas centenas de estivadores manifestaram-se ontem frente à Assembleia da República, com insultos a José Sócrates e lançamento de petardos. A polícia esteve presente em grande número, mas não identificou ninguém. Para além dos insultos e dos petardos, um dos manifestantes, de cara tapada, ameaçou de morte o primeiro ministro.
Toda a gente sabe que em Portugal há liberdade de manifestação. Nada a dizer sobre isso, mas o que aconteceu ontem não foi uma manifestação, foi um caso de desordem pública. Não pelos insultos proferidos contra José Sócrates, que são uma forma de expressão, mas pelo lançamento de petardos em plena rua. Tal é perigoso e proibido por lei. Não se percebe como é que foram lançados nas barbas da polícia e da Assembleia da República. Isso demonstra o estado de impunidade que se vive no nosso país. Melhor caricatura era impossível.
Para além da desordem pública, a polícia não reagiu a duas outras situações igualmente graves: à existência de manifestantes de cara tapada e às ameaças de morte feitas ao primeiro ministro. Numa manifestação laboral não é normal haver gente de cara tapada e muito menos ameaças de morte. Quem se manifesta tapando a cara, é porque não quer ser identificado, e se não quer ser identificado é porque tem algo a esconder, e se tem algo a esconder deve ser identificado pela polícia. Nada disto aconteceu.
O ministério da administração interna tem dois pesos e duas medidas: mandou a polícia identificar professores que fizeram manifestações pacificas, mas não mexeu uma palha com os camionistas que bloquearam estradas, nem com os estivadores arruaceiros. A estes tudo é permitido, impunidade total. Mais uma vez se verifica que há um problema com a autoridade em Portugal, basta haver distúrbios para existir a garantia que a polícia nada fará.
Toda a gente sabe que em Portugal há liberdade de manifestação. Nada a dizer sobre isso, mas o que aconteceu ontem não foi uma manifestação, foi um caso de desordem pública. Não pelos insultos proferidos contra José Sócrates, que são uma forma de expressão, mas pelo lançamento de petardos em plena rua. Tal é perigoso e proibido por lei. Não se percebe como é que foram lançados nas barbas da polícia e da Assembleia da República. Isso demonstra o estado de impunidade que se vive no nosso país. Melhor caricatura era impossível.
Para além da desordem pública, a polícia não reagiu a duas outras situações igualmente graves: à existência de manifestantes de cara tapada e às ameaças de morte feitas ao primeiro ministro. Numa manifestação laboral não é normal haver gente de cara tapada e muito menos ameaças de morte. Quem se manifesta tapando a cara, é porque não quer ser identificado, e se não quer ser identificado é porque tem algo a esconder, e se tem algo a esconder deve ser identificado pela polícia. Nada disto aconteceu.
O ministério da administração interna tem dois pesos e duas medidas: mandou a polícia identificar professores que fizeram manifestações pacificas, mas não mexeu uma palha com os camionistas que bloquearam estradas, nem com os estivadores arruaceiros. A estes tudo é permitido, impunidade total. Mais uma vez se verifica que há um problema com a autoridade em Portugal, basta haver distúrbios para existir a garantia que a polícia nada fará.
7 comentários:
Todos falam de petardos na rua e os que são utilizados nos estádios de futebol, chegando inclusivé a matar um adepto do futebol em pleno estádio nacional durante umacélebra fibal da Taça são apenas parte integrante do espéctaculo? Cda um luta com as armas que tem na mão. E mai nada. Ai querem polícia então mndem a polícia e verá o que acontece.
Caro anónimo,
espero que um dia não seja apanhado no meio de uma luta entre grupos "com as armas que tenham na mão" e leve um balázio.
Chapelada, :-)
Quando escrevi o artigo sobre a estiva dos anos 70 não tinha conhecimento do que aqui aborda. Afinal a ligaçao ao presente era mais concreta.
Voltas que a vida dá.
Quando escrevi o meu artigo sobre os estivadores não tinha conhecimento do que aqui aborda.
A historia que descrevo estava ainda mais ligado ao presente do que pensava.
Chapelada, :-)
Range-o-dente
li o que escreveu e é como diz. Por dois simples motivos:
- como dizia Carlos Carvalhas "o proletariado é eterno"
- como diria Soarez Martinez "o proletariado é um estado de espírito"
Junte as duas coisas e tem o triste resultado de ontem.
Não se ganha guerra com guerra!
Blablabla.....
Mas que muitas pessoas ao ouvirem e verem a reportagem riram e disseram o mesmo que o saudoso Pessa "E esta hein?!"...
Quantos de nós já não pensamos que o sr 1º ministro e os seus tentáculos abusam na arrogância...????
OK daí a ameaçar.... mas .... não faz mal nenhum este governo tremer...porque também quantos de nós não treme com a instabilidade profissional causada com este governo?!
@ 3,14
Mas o facto de Sócrates ser um arrogante e de merecer tremer, não justifica que se mandem petardos em plena rua, nem que se façam ameaças de morte.
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