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Os Abrantes descobriram uma nova faceta: a análise de gráficos lineares relativos à evolução dos spreads das OT a 5 anos e a 10 anos. Miguel Abrantes, o bloguer que dá o nome ao grupo, colocou dois gráficos - “G-5 anos_Spread” e “G-10anos_Spread” - que segundo ele mostram de forma mais detalhada o aumento dos spreads que acompanharam a crise política em torno do PEC IV.
As ilustrações em causa têm algumas particularidades, a primeira das quais é a de terem na base o valor de 3,50%, o que faz parecer que no início de Fevereiro os spreads estavam quase a 0%. Na verdade estavam a 3,50% e há mais gráfico para além do mostrado.
As ilustrações em causa têm algumas particularidades, a primeira das quais é a de terem na base o valor de 3,50%, o que faz parecer que no início de Fevereiro os spreads estavam quase a 0%. Na verdade estavam a 3,50% e há mais gráfico para além do mostrado.
Mas a particularidade maior vem depois, quando Miguel Abrantes sugere que houve um disparo no spread entre o dia 11 de Março - data do anuncio do PEC IV e do chumbo que se lhe seguiu - e o dia 6 de Abril e que a culpa, pasme-se, é dos estarolas da São Caetano (frase que dá titulo à posta).
Qualquer pessoa mais atenta reparará que no início de Fevereiro os spreads a 5 e a 10 anos andavam em torno dos 3,50% e que estavam num valor próximo de 5,50% a 5 anos e 4,50% a 10 anos aquando do anúncio do PEC IV (11 de Março). Um salto de 2 % e 1% respectivamente, num período pouco superior a 1 mês. E reparará também que no dia 6 de Abril os spreads eram respectivamente de 7,50% e 5,50% a 5 e a 10 anos. Em pouco menos que 1 mês outro salto de 2% e 1% para cada um dos prazos. Praticamente a mesma subida verificada no mês anterior ao chumbo do PEC.
Qualquer pessoa mais atenta reparará que no início de Fevereiro os spreads a 5 e a 10 anos andavam em torno dos 3,50% e que estavam num valor próximo de 5,50% a 5 anos e 4,50% a 10 anos aquando do anúncio do PEC IV (11 de Março). Um salto de 2 % e 1% respectivamente, num período pouco superior a 1 mês. E reparará também que no dia 6 de Abril os spreads eram respectivamente de 7,50% e 5,50% a 5 e a 10 anos. Em pouco menos que 1 mês outro salto de 2% e 1% para cada um dos prazos. Praticamente a mesma subida verificada no mês anterior ao chumbo do PEC.
Ao período pós-PEC Miguel Abrantes chama-lhe aumento devido à irresponsabilidade do PSD. Ao período pré-PEC nada chama.
Resume-se a isto a análise financeira dos avençados voluntários do Largo do Rato: manipulação da mais básica e primitiva. O suficiente para ludibriar qualquer analfabeto funcional que por ali passe, que é como quem diz qualquer vulgar eleitor do PS.
2 comentários:
bom dia,
este grafico é completamente errado. Mistura a yeld que é o valor do juro e os spreads que é a differença entre o valor de referencia que é a alemanha e o nosso valor.
Nos factos, em 7 de fevereiro, temos uma yeld de 7.09%, e a 7 de abril passamos a 8.78%. O grafico mostra a 6 de fevereiro 3.5% que é a spread e nao a yeld. mas em abril mostra valors da yeld. obviamente, pode mostrar uma curva ascendente enorme mas a realidade é mais...subtil. Em fevereiro, ja estavamos muito mal. Os dados que recordei começam a agosto do ano passado onde estavamos a 5.11% (yeld) mas a 25 de janeiro, ja tinhamos 6.94%, bem mais que os gregos e os irlandeses quand pediram ajuda.
Caro João,
então ainda é pior do que eu julgava, pois assumi que se referiam apenas ao spread (diferença entre nós e a Alemanha)
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