Finalmente há um ministro da Educação que percebe o essencial: existe uma enorme dispersão curricular no Ensino Básico. Que é o mesmo que dizer que a Escola que tenta fazer tudo, acaba a não fazer nada. Tem sido assim ao longo dos últimos 10 anos.
À Escola foram sendo pedidas cada vez mais responsabilidades, desde o tratar dos dentes dos alunos, até à promoção de um sem número de Educações - sexual, ambiental, cidadania - quase todas elas ideológicas. Por sua vez ao professor foi exigido que se transformasse num faz-tudo, desempenhando ao mesmo tempo as tarefas de docente, de pai, de mãe, de psicólogo, de assistente social, de entertainer, e muitas vezes de polícia dos alunos. Todas estas novas dimensões - como lhes chamam - foram sempre acompanhadas de muita, muita burocracia. Está bem à vista o resultado.
Se o ministro Nuno Crato conseguir pôr a Escola a tratar da sua principal tarefa, a de ensinar, alcançará um grande feito. Talvez um dos maiores desde o 25 de Abril. Mais não se lhe pode pedir.
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