O Presidente dos Directores de Escolas, Adalmiro Fonseca, deu uma curta mas esclarecedora entrevista ao jornal Correio da Manhã. Por entre lamentos vários, confessou aquilo que já todos os professores sabem, mas que muita gente ainda não percebeu: Maria de Lurdes Rodrigues teve sempre a habilidade de ter com ela os dirigentes das escolas. Não pode haver paz na educação sem diálogo entre Governo e directores...
Esta habilidade consistiu num chorudo suplemento remuneratório atribuído aos directores e que fez com que muitos se comportassem como autênticos comissários políticos da ministra da Educação dentro das escolas. Na altura ninguém os ouviu queixarem-se dos dias a preencher aplicações e a fornecer números e dados à tutela. Agora que a música é outra dizem-se desmotivados e ameaçam deixar os lugares. Tudo se paga, mas neste caso nem é bem isso, pois a ameaça de saída é apenas mais uma frescura: eventualmente a maioria só deixará de ser director se puder passar à reforma, porque se for para voltar para as salas de aula, não deverá haver muitos voluntários...
1 comentário:
Foi assim também que o socratismo 'comprou' os 'Pais' e os delegados sindicais.
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