No país dos indignados ninguém aguenta ouvir a palavra piegas na boca do primeiro-ministro, nem os comentários do presidente da república sobre as sua reformas. Imediatamente se levanta uma gritaria. Já o líder da oposição pode andar todos os dias a fingir que o partido dele não levou o país à bancarrota e que nada tem com a situação de austeridade, que ninguém lhe mostra um átomo de indignação.
Estas reacções selectivas revelam muito sobre a maneira de ser dos indignados: nunca censuram os políticos que se limitam a dizer aquilo que é simpático ou fácil. Por isso é que gente que apregoa que as pessoas estão primeiro nunca tem problemas de indignação, mesmo que liderem o partido que faliu o país.
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