O corte no Estado A Reforma do Estado anda há 10 anos em torno do mesmo ciclo vicioso: elaboram-se uns estudos que indicam que a função pública vive acima da média dos restantes cidadãos e tem muitos privilégios, a imprensa amplifica até à náusea as conclusões do estudo virando a opinião pública contra os funcionários públicos, os cortes são efetuados, há um período de acalmia seguido do qual aparecem mais uns estudos que indicam que a função pública vive acima da média dos restantes cidadãos e tem muitos privilégios, a imprensa amplifica até à náusea as conclusões do estudo virando a opinião pública contra os funcionários públicos, os cortes são efetuados, segue-se novo período de acalmia e assim sucessivamente. Os cortes nunca têm fim e os funcionários públicos, apesar dos sucessivos cortes que sofrem, vivem sempre acima da média dos outros e são uns eternos privilegiados.
2 comentários:
E nada de se falar dos privilégios dos políticos... tudo caladinho... parecem ratos...
os cortes são efetuados
É verdade que têm sido efetuados cortes, mas parece que, pelo menos em certos setores, os salários públicos ainda são muito superiores aos privados.
O relatório do FMI sugere isso explicitamente para pessoas muito pouco qualificadas.
Também calculo que o mesmo se passe com os professores, pelo menos os de topo de carreira. Deve haver alguma razão para que as escolas privadas forneçam educação mais barata (ou pelo menos não mais cara) do que as públicas em condições similares. Tendo em conta que 70% dos gastos do ministério da Educação são em salários, calculo que o problema esteja precisamente aí: em salários mais elevados do que no setor privado.
Enviar um comentário