quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quanto pior, melhor

O Presidente da Autoridade Palestiniana dirá amanhã na conferência da Liga Árabe que não se justifica o início de negociações directas com Israel, uma vez que não há nada de novo nas posições israelitas. Abbas segue assim a cartilha do costume: sempre que Israel cede em algum aspecto, os palestinianos fazem outra exigência e recusam o dialogo.
Está quase a terminar o período de congelamento de construções na Judeia e na Samaria, e verifica-se que essa cedência unilateral por parte dos israelitas não trouxe qualquer avanço no processo de paz. Tal deve-se em grande parte às posições radicais dos líderes da AP, que apesar de estarem em posição de fraqueza relativamente a Israel e de representarem um povo sem pátria, preferem enveredar pelo caminho do impasse permanente.
A AP e o Hamas estão apostados em protelar ao máximo a criação de um estado palestiniano  independente e em reforçar aqueles que em Israel se lhe opõem. Só desta maneira conseguem manter a confortável posição que adquiriram ao longo dos tempos: carpir um estado, mas não ter a responsabilidade de o governar.  A velha táctica do quanto pior, melhor.

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