Terceira semana de protestos dos Haredim contra a multinacional Intel. Em causa está o funcionamento, durante o Shabat, de uma nova fábrica de microchips em Jerusalém. Há duas semanas, 2 mil de Heredim invadiram o Parque Industrial Hotzvim Har para protestar contra aquilo que consideram ser uma profanação do Shabat. Houve confrontos com a polícia e alguns manifestantes ficaram feridos. Ontem os protestos voltaram, mas desta vez os manifestantes foram apenas 40. O Rabino Yosef Rosenfeld liderou a manifestação.
O presidente da Câmara de Jerusalém, Nir Barkat, opôs-se às pretensões dos Haredim e declarou o seu apoio à continuação das actividades da empresa em Jerusalém. O mesmo indicam as sondagens de opinião realizadas entretanto: 76% dos israelitas (93% nos judeus seculares) acreditam que os protestos ocorreram devido a interesses pessoais e partidários dos rabinos, enquanto que apenas 24% acreditam que foram inspirados pelo amor a Israel e pelo bem estar da sociedade; em relação à actuação da polícia, 53% considera que foi branda de mais, enquanto que 11% considera que usou força excessiva.
O protesto é legitimo, e a liberdade religiosa também, mas a coerção e a violência, em que parte da comunidade haredim se tem especializado, não são. Há muito tempo que Israel tem um problema com os religiosos extremistas. Desde que em 1982 Menahem Begin cobardemente cedeu ao Partido Religioso Nacional, proibindo os voos da El Al ao Sábado, que os sectores mais extremistas da sociedade israelita têm vindo a ganhar terreno.
O caso da Intel é vergonhoso: Jerusalém é a cidade mais pobre de Israel, e simultâneamente a mais religiosa, e é precisamente aquela onde, em vez de se atrair investimento, se afugenta o pouco que consegue sobreviver às mirabolantes regras do judaísmo extremista.
O protesto é legitimo, e a liberdade religiosa também, mas a coerção e a violência, em que parte da comunidade haredim se tem especializado, não são. Há muito tempo que Israel tem um problema com os religiosos extremistas. Desde que em 1982 Menahem Begin cobardemente cedeu ao Partido Religioso Nacional, proibindo os voos da El Al ao Sábado, que os sectores mais extremistas da sociedade israelita têm vindo a ganhar terreno.
O caso da Intel é vergonhoso: Jerusalém é a cidade mais pobre de Israel, e simultâneamente a mais religiosa, e é precisamente aquela onde, em vez de se atrair investimento, se afugenta o pouco que consegue sobreviver às mirabolantes regras do judaísmo extremista.
4 comentários:
Eu não acredito ...
A RTP(?) noticiou hoje que os protestos de deviam à abertura de uma "loja de componentes electrónicos".
A RTP não sabe em que planeta está. Para a RTP uma simples loja é motivo de protestos. Já se vê bem a ideia que têm do assunto.
É uma nova fábrica de micrichips, e não uma loja. Está a informação em toda a imprensa israelita.
Israel é um estado judaico e o Shabat é componente da sociedade. Não somos uma nação como as outras nem um país como os outros.
@ DeJerusalem
Não é isso que os Judeus seculares acham. Você não é mais Judeu que eles, e não pode impor seja o que for a ninguém. O Judeus que quiserem trabalhar no Shabat devem poder fazê-lo, e têm o direito a não ser coagidos, ou agredidos para não o fazerem. Da mesma maneira, ninguém poderá ser obrigado a trabalhar no Shabat contra a sua vontade.
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