O bombardeamento continua: depois das acusações da Human Rights Watch (HRW) e do relatório Goldstone (que são só as duas mais importantes entre muitas, incluindo algumas de fabrico caseiro), um míssil [também artesanal?] da Amnistia Internacional, "Águas Turvas", aterrou. O essencial: Israel seca os palestinianos. Toda a difamação, que refira uma suposta discriminação contra os palestinianos, é imediatamente colocada nas parangonas dos jornais e é transmitida e difundida generosamente, não só em Israel, mas no mundo inteiro. Geralmente sem qualquer comprovação e muitas vezes sem sequer solicitar comentários às autoridades. Um redactor de jornal sabe, por exemplo, que só há 300.000 colonos, e não 450.000 - que "sugam" com seu alto consumo a água os palestinianos (alguns dirão mesmo "o sangue"). O motivo da ampla cobertura, por parte dos meios de comunicação israelitas, das mentiras que tentam enxovalhar o seu país não é muito diferente da motivação das próprias organizações estrangeiras: desmoralizar Israel, diante dos seus próprios olhos e diante dos do mundo inteiro.
Dado que os esforços militares não conseguiram abalar a motivação dos israelitas em defender o Estado Judeu, os que querem destruir este país começaram a centraram-se na demonização de Israel, tornando-lhe a vida insuportável (orientando as suas mentiras para o ponto fraco dos judeus: a sensibilidade perante a injustiça), e atacando o sentido sionista de justiça. Não só viemos de muito longe (alguns garantem que ao serviço do colonialismo) para saquear as terras dos palestinianos, como depois de expulsar a maioria deles, continuamos a cometer crimes de guerra (em Gaza), e estamos a secar os seus poços na Judeia e Samaria (Suha Arafat afirmou mesmo que os envenenamos). Muitos judeus dedicam-se alegremente a esta guerra psicológica anti-Israel, e muitos deles cobrando salários pagos por governos estrangeiros e por organizações como a Amnistia Internacional.
As acusações da Amnistia Internacional sobre o problema da água carecem de fundamento. A maioria dos colonatos recebem água canalizada da companhia das água Mekorot captada para cá da Linha Verde e não, como afirma a Amnistia Internacional, dos poços da Judeia e Samaria que pertencem aos palestinianos. E os palestinianos não têm de se governar com 70 litros por dia (ou menos) per cápita. Segundo os acordos de Oslo, os palestinianos têm direito a 23,6 milhões de metros cúbicos por ano, mas na realidade bombeiam, com o consentimento de Israel, 70 milhões de metros cúbicos. Além disso, a Administração Civil israelita fornece água, por cima das obrigações de Oslo, às aldeias palestinianas que realmente estão a sofrer de escassez. Uma questão chave, que os meios de comunicação de Israel deixaram sem resposta, é por que é que Israel não impede o bombeamento extra, que violam os acordos de Oslo, e nem a drenagem e a contaminação dos aquíferos de montanha.
A Amnistia Internacional e o resto das organizações pro-palestinianas não exigem em nenhum momento conhecer onde estão os muitos milhões de dólares que fluíram para a Autoridade Palestiniana para a construção de um sistema hídrico eficaz e económico, ou onde está o dinheiro que o Banco Mundial e outros organismos de ajuda têm previsto para a construção pelos Palestinianos de uma rede de esgotos que proteja o meio ambiente e evite a infiltração das água residuais nos aquíferos.
A Amnistia Internacional e o resto das organizações pro-palestinianas não exigem em nenhum momento conhecer onde estão os muitos milhões de dólares que fluíram para a Autoridade Palestiniana para a construção de um sistema hídrico eficaz e económico, ou onde está o dinheiro que o Banco Mundial e outros organismos de ajuda têm previsto para a construção pelos Palestinianos de uma rede de esgotos que proteja o meio ambiente e evite a infiltração das água residuais nos aquíferos.
Outra mentira da Amnistia Internacional: no lado judeu, diz o relatório, a agricultura é florescente, e que os campos palestinianos estão secos. A verdade é que a agricultura judaica só existiu nos colonatos de Gush Katif na Faixa de Gaza. Os rendimentos que alcançaram foram recordes mundiais e proporcionaram uma vida desafogada aos que trabalharam ali a terra, antes que a desocupação caísse sobre eles. A maioria dos judeus da Judeia e Samaria - e este é actualmente um dos argumentos utilizados contra eles - trabalha fora dos colonatos e regressa às suas casas à noite. Uma razão para isso é que, tirando algumas hortas aqui e ali regadas com água da chuva, a agricultura na Judeia e Samaria, por causa do terreno montanhoso, não produz muitos rendimentos. Todos estes factos são conhecidos pelos israelitas que trabalham como investigadores para organizações como Amnistia Internacional. Mas afinal, os salários justificam os meios.
Por Israel Harel, Haaretz - 29.10.09
Por Israel Harel, Haaretz - 29.10.09
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