Como de costume, não chega
A resposta do líder palestiniano Mahmud Abbas à moratória anunciada por Benjamin Netanyahu à construção de colonatos foi a que se esperava, aqui. Depois de a ter exigido como condição para o recomeço das negociações de paz, a inesperada resposta positiva de Israel foi considerada insuficiente. Nada, absolutamente nada de novo daquele lado.
Como nota com cristalina clareza o editorial do Jerusalem Post, a resposta de Abbas é lógica e consistente com a tradição. Abbas, mesmo que quisesse, não pode corresponder. Nem sequer fingir que o faz, com eleições à porta. Porque, como é óbvio, não são os colonatos na margem ocidental do Jordão o pomo da discórdia.
Ao contrário do que querem as boas almas, muitas vezes cheias de boa vontade, a questão não é, nunca foi, tão-pouco uma questão de partilha de territórios, mas a da existência de Israel. E, uma vez mais, mesmo que Abbas quisesse condescender, não poderia fazê-lo. Entrar em negociações supõe aceitar o princípio de um compromisso durável entre as partes. Ora é a existência de uma das partes que não pode ser aceite. E, na actual, conjuntura, nem a brincar.
Por Jorge Costa no Cachimbo de Magritte.
Ao contrário do que querem as boas almas, muitas vezes cheias de boa vontade, a questão não é, nunca foi, tão-pouco uma questão de partilha de territórios, mas a da existência de Israel. E, uma vez mais, mesmo que Abbas quisesse condescender, não poderia fazê-lo. Entrar em negociações supõe aceitar o princípio de um compromisso durável entre as partes. Ora é a existência de uma das partes que não pode ser aceite. E, na actual, conjuntura, nem a brincar.
Por Jorge Costa no Cachimbo de Magritte.
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