Hoje, 5 de Outubro, assinala-se o dia do Professor. Infelizmente a maioria dos professores não tem nada para comemorar. Nos últimos anos assistiu-se a uma degradação sem paralelo do exercício da profissão docente. Os motivos foram vários: a erosão salarial contínua, a avaliação de desempenho socialista e baseada no show off, o controlismo político que se instalou nas escolas, a burocratização e dispersão das funções docentes, e a perda de autoridade em matérias como a disciplina e a pedagogia. Todos eles tornaram a classe dos professores numa classe desmotivada e até esmagada.
Para o poder socialista instalado, este estado de coisas é uma mina de ouro, pois não só conseguem a poupança de milhões de euros, que a seguir vão gastar em delírios tecnológicos, como ainda ficaram com uma porta aberta para a completa socialização da sociedade. Nada melhor que uma Escola Socialista para doutrinar a juventude e respectivos pais.
Grande parte da sociedade portuguesa assiste a este estado de coisas, quer com indiferença, quer com júbilo. Hábitos há muito enraizados nos portugueses: ou se alheam dos assuntos, ou então, movidos pela inveja ou qualquer outro sentimento, encontraram nos professores um excelente bode expiatório para todos os males que afligem o país, e apoiam entusiasticamente qualquer medida desfavorável que o poder político aplique à classe. Tem sido esse apoio que tem permitido ao governo socialista matar lentamente a profissão docente. Um dia mais tarde tudo isto será recordado e estudado. Portugal vai pagar muito caro pela forma como trata os seus professores.
4 comentários:
Nem mais. E ainda por cima num feriado os professores tiveram que ir ajudar a inaugurar escolas onde leccionam todos os dias !
@ joão
Para essas tarefas há sempre uns voluntários. No sentido literal do termo.
Na escola onde a minha esposa dá aulas, os professores foram "aconselhados" a comparecer, pois parecia mal não irem...
Claro que houve logo "voluntários"! Toda a gente já sabe como funciona o "socretinismo" ninguém deseja chatices...
F.G.
Sócrates é um dilecto filho de Salazar, que sobreviveu no poder durante 42 anos, à custa da aplicação do princípio essencial de qualquer ditador: dividir para reinar. E como, para o português comum, o vizinho ganha sempre bem e sai cedo...
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