Há um candidato presidencial - Fernando Nobre - que acha normalíssimo dever um mês de renda. E como se isso não bastasse, ainda diz que não está minimamente preocupado com o assunto e que está de consciência tranquila. Um típico caso de "nacional-porreirísmo", esse desporto nacional que consiste em viver num estado de despreocupação e de falta de rigor com a coisas.
Quem está a destoar no mar de cidadania e humanidade da candidatura de Nobre, é o senhorio, que teve o desplante de reclamar o que é seu. Já devia saber que quem é de boas contas, e se mete com os paladinos da solidariedade, não só passa por mau da fita, como se arrisca a ficar sem o dinheiro.
3 comentários:
Esta é uma cena fantástica mas que reforça a minha opinião sobre as ONG.
Como já nos comentamos um ao outro faz tempo, numa saudável convivência blogosférica, permite-me dizer que discordo em toda a linha.
Fernando Nobre apenas surge nas noticias quando é para ser criticado, o chamado bota-abixo, uma coisa parecida com o nacional-porreirismo.
Fico feliz que todos os outros candidatos, Cavaco e Alegre, que têm verdadeiras máquinas empresariais por de trás não tenham problemas destes. Fico feliz que eles gastem milhões em propaganda e não tenha de se preocupar com miudezas como rendas.
Estou realmente feliz que este país se mantenha no mesmo caminho de sempre, cilindrando quem possa fazer sombra.
Caro Daniel,
Discorda à vontade :) Não há cá essas coisas, cada um diz o que pensa.
Mas deixa-me reforçar a minha ideia.
A renda não é uma miudeza para o senhorio. Um tipo que quer ser PR não pode ter rendas em atraso, e quando confrontado com isso, declarar que não está preocupado com o assunto.
Nobre não consegue sequer gerir a sua campanha, quanto mais ser presidente da república.
Mas mais grave que isso, é Nobre aparecer num certo tom moralista a falar de certas coisas, mas depois verifica-se que deve dinheiro.
Parece aqueles políticos americanos muito pelos bons costumes, e que depois são apanhados com prostitutas, muitas delas menores...
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