Cerca de 20 000 pessoas compareceram hoje no cemitério de Givat Shaul em Jerusalém para assistirem ao funeral das cinco vítimas do massacre de Itamar.
Na madrugada de sábado, um palestiniano entrou na casa da família Fogel e assassinou os 5 dos seus membros à facada. O pai Udi Fogel de 36 anos, a mãe Ruth Fogel de 35, e os filhos Yoav de 11, Elad de 4 e Hadas três meses de idade, foram barbaramente mortos enquanto dormiam.
A família Fogel havia abandonado Gush Katif na Faixa de Gaza em 2005, aquando da desocupação, tendo-se instalado na cidade de Ariel na Samaria. Posteriormente mudaram-se para Itamar, onde construitram uma casa, na qual acabariam por morrer às mãos de um terrorista.
10 comentários:
Se fosse ao contrário, um israelita matasse uma família palestiniana, imagino o escândalo, os protestos, as manifestações por parte de todos os profissionais da indignação assimétrica que existem no mundo Ocidental!
F.G.
Precisamente F. G. Parece que em França não houve um único meio de comunicação social que noticiasse o ocorrido.
E em Portugal, alguém noticiou?
Não digo que não, mas não vi.
Tal como não vi alguns dos blogs mais pró esquerda, mais pró palestinianos referir este massacre.
Há gente cega pela ideologia...
Também nunca o vi aqui a tecer orações fúnebres aos milhares de vítimas de Israel.
A verdade é sempre uma faca de dois gumes e um deles é geralmente mais rombo do que o outro.
O PÚBLICO deste domingo noticia o caso, na pág. 19.
Tenciono escrever um pequeno texto sobre o tema, logo que possa, isto é, logo que disponha de uma horita só para mim.
Já agora, Fiat Lux, teve tempo para verificar, com o devido cuidado, qual é o lado que utiliza da faca que usa? É que um instrumento cortante apenas deve ser utilizado por quem sabe, o seu uso depende daquilo a que se aplica.
A um bom talhante não basta empunhar a faca para saber como cortar uma peça de carne sem a estragar, corre o risco de vender gato por lebre a quem lha compra. Tem que conhecer muito bem o que está em jogo, no caso, conhecer profundamente a anatomia do animal.
E, se duvida, pergunte lá no seu talho se não é assim. Caso seja vegetariano, não faz mal, pergunte na mesma.
A esquerda é cúmplice e rejubila sempre que há israelitas assassinados.
O que não admira porque os marxistas sempre foram anti-semitas. Tal como os primos nacionais-socialistas. O nome comum não engana. São irmãos desavindos mas filhos dos mesmos pais, netos dos mesmos avós.
Realmente o autismo dos meios de comunicação social para este assuntos de Israel é algo constantemente reincidente. Igualmente se passa no que diz respeito aos milhares de cristãos que são mortos pelo mundo simplesmente por professarem os cristianismo.
Meus caros
Não adianta usar metáforas, falar em cumplicidades da esquerda, dar conselhos, invocar os nazis, e o que mais vos ocorra. Se se sentem bem a deitar cá para fora tudo o que vos vai na alma, continuem, terei muito gosto em vos ler.
Israel é simplesmente altamente responsável por tudo o que se passa na Palestina. Se são semitas, judeus, hindus, árabes, negros, só interessa aos racistas. Eu falo de política. E falando de política, não é por acaso que Israel está cada vez mais e mais isolado. Acabei de o ouvir precisamente a um jornalista israelita.
Caro Fiat Lux:
1. Quem trouxe uma metáfora cortante para uma discussão em que afirma pretender evitá-las por ser uma discussão de pura teoria política, foi o meu caro amigo. Limitei-me a acompanhá-lo, tanto mais que não me parece uma incompatibilidade tão clara entre uma coisa e outra.
2. Israel tem a cota parte de responsabilidade na situação existente na Palestina que uma discussão serena e séria lhe atribuir e não uma mera afirmação feita à medida da informação dada pela comunicação social ou por um estudo histórico e político apressado ou tendencioso.
3. Israel está isolado há muito mais tempo do que a própria criação do correspondente Estado. Se for por aí, isto é, pelo estudo histórico e cultural do que se tem passado desde há alguns séculos a esta parte, percebê-lo-á melhor. Eu levo umas três décadas de investigação (não sistemática ou, pelo menos, sem intuitos de valorização académica).
4. Para que não haja equívocos, na medida em que qualquer português não possua algum sangue hebreu, não sou "judeu".
Meu caro Joaquim Simões, a discussão de pura política pode estar cheia de metáforas. Eu referia-me à discussão limpa de juízos de valor, do tipo ‘se discutes as atrocidades de Israel és anti-semita’ e raciocínios do mesmo jaez que tentam inibir quem se atreve. Atrevia, porque esse tempo parece que passou, poucos se preocupam já seriamente com tais palpites. Desde que o verniz lhes estalou por emitirem comentários racistas em relação aos árabes em geral, abriram o flanco a ouvir o que não querem e a não poderem já fazer render a bomba do anti-semitismo. Valha a verdade que isso também se vai ouvindo cada vez menos, só mesmo nos indefectíveis. Só que chateiam pelo cansaço e pelo ruído que introduzem nos debates.
O património genético português é o que é e toda a minha herança é bem-vinda. Pré-romanos, latinos, judeus, árabe/berberes, germânicos, subsaarianos (creio que os coloquei correctamente por onde decrescente). Não ponho, nunca pus e não me parece que alguma vez venha a pôr estas questões sob o prisma do racismo. Não posso nem pode nenhum português.
Pensava que isto nada tinha a ver com a discussão sobre a política do estado de Israel, mas parece que sim, e deve ser situação única no mundo. Não estou a dizer que seja o seu caso, evidentemente. Confesso que é um alívio.
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