sábado, 14 de maio de 2011

Israel - um sonho feito realidade

No dia 14 de Maio assinala-se o aniversário da fundação do Estado de Israel. Sessenta e três anos depois do regresso triunfante dos Judeus à sua terra ancestral, o país que fundaram é um extraordinário caso de sucesso a nível económico, político e militar.
A nível económico Israel alcançou progressos assinaláveis e hoje ocupa o 15º lugar a nível mundial no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU - uma proeza conseguida num país sem recursos naturais, implantado num território semi-árido e rodeado de inimigos por todos os lados. A economia israelita foi a primeira a sair da recessão de 2008, e atingiu taxas de crescimento da ordem dos 4,5% em 2010, que culminaram com espectacular crescimento de 7,8% no último trimestre do ano. Muito desse crescimento está assente no sector exportador, no qual os diamantes lapidados, a informática, as telecomunicações e a engenharia aeroespacial têm sido determinantes.
Do ponto de vista político, é assinalável o facto de, 63 anos depois de David Ben Gurion ter lido a declaração de independência, Israel ser uma democracia parlamentar de tipo ocidental, assente  numa enorme variedade de partidos e onde o poder judicial é independente do poder político. A Knesset – Parlamento – é de tal maneira representativa que nela têm assento partidos árabes que se opõem à própria natureza do Estado de Israel – um estado judaico e democrático.
O sucesso militar é dos três o  mais surpreendente, pois contra todas a probabilidades as IDF – Forças de Defesa de Israel – têm conseguido defender o país das constantes ameaças a que tem sido sujeito. Foi assim nas guerras de 1948, 1956, 1967, 1973, 1982, 2006 e 2009. O IDF é o único exército que não pode falhar a sua missão. Com os seus 187 mil membros, é não só um dos exércitos mais sofisticados e bem treinados do Mundo, como um pilar dentro da diversificada sociedade israelita. Com raras excepções, todos os cidadãos cumprem serviço militar, incluindo as mulheres.
Apesar dos êxitos e avanços que alcançou a nível interno, o moderno Estado de Israel continua no centro dos conflitos que há mais de seis décadas dilaceram o Médio Oriente. No plano externo os problemas que hoje enfrenta não são muito diferentes dos do passado: ainda vive rodeado de vizinhos hostis; continua a correr o risco de existência e não é reconhecido pelos árabes da Palestina.
Apesar da paz assinada com o Egipto e Jordânia, o mesmo não aconteceu com a Síria, Iraque e Líbano, cuja situação permanece inalterada em relação a 1948. A agravar a situação, depara-se com Irão claramente hostil e ameaçador, e com aliados como a Turquia a agir como se não o fossem.
De todos os problemas que Israel continua a enfrentar, o dos palestinianos é sem dúvida o mais complicado de resolver. Apesar de haver algum consenso interno relativamente à necessidade de criação de um estado palestiniano nos territórios da Judeia e da Samaria, tal hipótese tem-se revelado difícil de alcançar. O motivo é o mesmo de sempre: os palestinianos continuam a não reconhecer Israel. Entre 1948 e 1967 viveram sob administração jordana e egípcia, sem que a formação de um estado nesses territórios fosse sequer considerada. Depois de 1967 entregaram-se ao terrorismo (aceitando a OLP como única representante), desperdiçaram a janela de oportunidade proporcionada pelas conferências de Camp David (2000) e de Taba (2001), e acabaram a votar  maciçamente no Hamas – organização terrorista que não aceita a existência de Israel.
Todas as decisões que os palestinianos tomaram – e que têm sido ruinosas para a sua aspiração independentista – só têm reforçado aqueles que em Israel se opõem a um estado palestiniano. As conversações de paz destruíram a esquerda israelita e reforçaram os sectores mais radicais, em grande parte porque cada passo que Israel dava no sentido da paz – nomeadamente na desocupação de territórios – os palestinianos respondiam com atentados, violência e mais recentemente com o disparo sistemático de centenas e centenas de mísseis.
Apesar das dificuldades no processo de paz, Israel é um sonho feito realidade, e um exemplo de um país que venceu enormes obstáculos e se tornou num oásis de prosperidade num Médio Oriente de pobreza e de atraso. Israel é por isso um país com futuro, que será tanto melhor se a paz e a segurança um dia forem alcançadas. Mazal tov Israel!

3 comentários:

Anónimo disse...

Os palestinianos cavaram um buraco para enterrar os israelitas, só que caíram lá dentro e não parecem ser capazes de lá sair.
F.G.

cotovia disse...

parabens ao povo de Israel,é um exemplo, bem podiamos tentar copiar ao menos um bocadinho!!!!1
cotovia

Dylan disse...

Israel, sentado no monte Sião, vejo a transformação do deserto, a aridez deu lugar às tâmaras. Apesar da fragância das inúmeras flores, ainda se sente o cheiro a sangue e o ódio dos vizinhos que dura há 63 anos. Vislumbro os catos de espinhos bem afiados, associo-os ao sofrimento do povo judaico, à diáspora, ao holocausto. A fé e os 3500 de história judaica coabitam com o inegável progresso sócio-económico do país. Mas o sonho de uma pátria não acaba aqui, é necessário apoiar a criação de em estado palestiniano, mais uma democracia no Médio Oriente, para que a estrela de David ilumine o caminho da liberdade, da justiça e da paz.