quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Governo fraco

Devia vir um Ronald Reagan pôr na ordem os maquinistas da CP e os estivadores. Estes últimos até se dão ao luxo de chamar gatunos aos deputados que ganham bem menos que eles.

11 comentários:

margarida soares franco disse...

Só não entendo a razão de não fazerem uma reqisição civil já. Estes trabalhadores, para além de ganharem mais do que o mais comum dos mortais, ainda gozam com os mais desfavorecidos, já que são estes, que não têm meios próprios para se deslocarem, são os mais prejudicados. Os sindicalistas também ganham chorudos ordenados para fazerem o trabalho de os incitarem à greve, que só deve ser utilizada em último recurso. Estes trabalhadores, com isto, só mostram que não sabem viver em democracia !!!!!

DL disse...

@ Margarida Soares Franco

Eu também não percebo. O direito à greve deve ser respeitado, mas neste caso esse direito está a ser convertido num abuso.

Lura do Grilo disse...

As pessoas deviam começar a mostrar indignação ... alto e bom som! É por isso que até apoio a privatização destes serviços.

Luís Lavoura disse...

os deputados que ganham bem menos que eles

O DL tem a certeza de que sabe quanto é que um estivador ganha? Quero dizer, quanto ganha por cumprir o seu horário normal de trabalho - fazendo horas extraordinárias umas a seguir às outras é evidente que se pode ganhar mais.

Que eu saiba, o salário de um estivador é bastante inferior ao de um deputado. O deputado terá uns 4.000 euros brutos, o estivador metade ou menos.

Luís Lavoura disse...

Os maquinistas da CP estão apenas em greve às horas extraordinárias. Isto é, eles recusam-se a fazer horas extraordinárias, e essa recusa é um direito elementar de qualquer trabalhador. A solução óbvia, para a empresa, é contratar mais maquinistas, por forma a não necessitar que os que já há cumpram horas extraordinárias. Por que é que a CP não faz isso? Ou, alternativamente, por que não reduz o número de comboios, por forma a não necessitar de recorrer a horas extraordinárias?

Acho revoltante que empresas dependam, para a efetuação de serviços regulares, sistematicamente de horas extraordinárias!

DL disse...

Em relação aos maquinistas, do que se está a falar é do cumprimento dos serviços mínimos, que eles manifestamente não cumprem.

Sobre os estivadores, o seu salário é suficiente para aguentar muitos dias de greve. Coisa de que nem todos os trabalhadores se podem gabar.

Cirrus disse...

Os ordenados de maquinistas e estivadores, que eu saiba, não são tão elevados como os dos deputados. Para além disso, não ganham senhas de presença nem ajudas de custo...

Mas também há uma coisa que não percebo: porque estão eles em greve? Alguém sabe?

Eu moro em Matosinhos, que tem o único porto que não fez greve, e em que os estivadores aceitaram as condições oferecidas. Agora, há uma fila de homens que são contratados ao - ao dia - para trabalhar na estiva. Talvez algumas pessoas devessem ser contratadas ao dia (a ganhar 4 euros à hora) antes de se manifestar. É que pimenta no cu dos outros é refresco...

Luís Lavoura disse...

Cirrus,
os estivadores de Leixões estão num outro sindicato, afeto à UGT, que concordou com as novas condições de trabalho.

Luís Lavoura disse...

Cirrus,
os estivadores estão em greve, tanto quanto julgo saber, porque lhes pretendem impôr um novo esquema laboral, no qual muitos deles seriam despedidos e passariam a só ser contratados ao dia. Isto é, deixariam de ser trabalhadores do porto, passariam para uma empresa de trabalho temporário, e só seriam contratados para trabalhar no porto se e quando fossem precisos - com toda a instabilidade familiar e salarial que tal regime acarretaria.

Luís Lavoura disse...

DL,

Em relação aos maquinistas, do que se está a falar é do cumprimento dos serviços mínimos, que eles manifestamente não cumprem.

Os maquinistas estão em greve apenas às horas extraordinárias, nas quais não há quaisquer serviços mínimos a cumprir, como é óbvio.

Para além disso, estão em greve, conjuntamente com todo o restante pessoal da CP, nos feriados. Em relação a esses é que se coloca a questão de serviços mínimos. Creio que as decisões dos tribunais não são claras sobre se nessas greves aos feriados deve haver serviços mínimos ou não.

Luís Lavoura disse...

DL,

Sobre os estivadores, o seu salário é suficiente para aguentar muitos dias de greve.

Que eu saiba, os estivadores não estão em greve total, cumprem serviços mínimos bastante amplos, nomeadamente para todas as cargas perecíveis (produtos alimentares, etc). Por isso devem receber uma boa parte do seu salário, mesmo durante a greve.