A blogosfera palestinianista-anti-sionista rejubila com a acção militar levada a cabo pela marinha de guerra israelita. Andam numa competição desenfreada para ver quem destila mais ódio contra o Estado Judeu.
No Aventar foi decretada uma fatwa, entretanto já modificada por um mais suave Terroristas assassinos. Apesar de modificado o título, o endereço do link ficará para sempre com o odioso apelo de Morte a Israel do sr. Adão Cruz.
No 5 Dias clamam pela derrota, e rendição incondicional de Israel, e por uma Palestina laica e livre. Para ilustrar aquilo que lhes vai na alma pespegaram com uma fotografia dos Soldados das Forças Armadas da Palestina (foto de cima), mas que são na realidade soldados da organização terrorista Hamas. Tudo a mesma coisa. Mas há mais: fazem um apelo a que os Judeus desapareçam da Palestina, dizem que Israel declarou guerra a Portugal, e apresentam a sua solução preferida para o conflito, que mais não é que a extinção pura e simples do Estado de Israel. A confusão que vai nestas cabeças e as patacoadas que dizem, são inenarráveis. Só indo lá ver.
No irrelevante Xatoo ainda se relata que morreram 19 pessoas, acrescentando-se 9 ao número oficial.
No Castendo a tónica vai para as caricaturas. Neste blogue, onde todos os que não são comunistas são fascistas, Israel aparece travestido de um odioso polvo nazi.
No Castendo a tónica vai para as caricaturas. Neste blogue, onde todos os que não são comunistas são fascistas, Israel aparece travestido de um odioso polvo nazi.
Por fim, e não menos importante, no Arrastão - do intelectual Daniel Oliveira - apelida-se Israel de elefante, e fala-se em máscaras e em inimputabilidade, uma palavra deveras sofisticada, e que o autor aprendeu de propósito para mais uma vez escrever sobre o seu assunto favorito.
Um dia em cheio para as agendas da extrema-esquerda portuguesa.
30 comentários:
«No Castendo a tónica vai para as caricaturas. Neste blogue, onde todos os que não são comunistas são fascistas, Israel aparece travestido de um odioso polvo nazi.»
Caro David Levy,
Leu mesmo o meu blog? E depois o sectário sou eu...
Leia, se quiser, o meu artigo que vai para o ar ao meio-dia de hoje.
Só uma pergunta:
Daniel Barenboim, Elia Suleiman, Mohammad Barakeh, Uri Avnery, Richard Falk, Abel Meeropol, etc,etc, etc, elogiados no meu blog também são fascistas?
Só um esclarecimento:
Como já escrevi e sempre defendi o Estado de Israel tem direito a existir e a defender-se. Coisa bem diferente é, só para falar nos últimos 43 anos (desde a Guerra de 1967), as suas forças armadas comportarem-se como «exército de ocupação», tal como David Ben Gurion (outro fascista?) então alertou e previu.
Afinal sempre é verdadeira a aliança entre Marx e Maomé!
F.G.
@ Castendo
Defende o Estado de Israel, mas não hesita em apelidá-lo de polvo nazi.
Fala em exercito de ocupação, estará por acaso a referir-se ao Hamas?
Prepara-se nova investida "pacifista". Eu propunha e era bom que todos proclamassem bem alto, que deve entrar pela fronteira de Gaza com o Egipto. Que por acaso, está bloqueada. Mas sempre era em terra firme e alvo de maiores "carícias".
Falo sim senhor em «exército de ocupação». Tal como David Ben Gurion, ou Yitzhak Rabin (conhece?)
Ocupação da Palestina e recusa sistemática a cumprir as resoluções da ONU sobre o regresso às fronteiras de 1967. Ou a construção dos colonatos na Cisjordânia ocupada.
Quanto ao Hamas, tal como já escrevi e pelos vistos não leu, é curioso, no mínimo, a complacência das autoridades israelitas para com um movimento de meia-dúza de fanáticos que atacava a Autoridade Palestina durante a Intifada (convinha, não era?) e que graças ao erro de ambos os lados (dirigentes políticos israelitas e palestinos) se converteu num movimento com apoio das massas. Para além de que ainda está por esclarecer o papel dos serviços secretos de Israel no desenvolvimento inicial do Hamas. Um pouco à semelhanca da CIA e de Bin Laden.
E agradecia que não desconversasse: em momento algum confundo o povo de Israel com dirigentes políticos de direita e de extrema direita.
Uma sugestão: quer dar a conhecer aos seus leitores as posições dos partidos religiosos e extremistas que nos últimos 43 anos passaram pelos sucessivos governos de Israel sobre a Palestina, os palestinos e o Estado de Israel?
Para terminar: os dirigentes políticos de Israel estão a conduzir (inexoravelmente?) para um beco sem saída a solução de «dois povos, dois Estados». Cada vez mais se prefigura UM ESTADO DOIS POVOS, cm todas as consequências inerentes.
O David Levy não vê isso?
isso do xatoo é aquele fulano que me insultou e insulta quem não concorda com ele e não tem a sua visão "camarada" da realidade?
@ Castendo
Refere as resoluções da ONU para parece esquecer-se de um pequeno detalhe: as resoluções, pedem a Israel que retire para as fronteiras de 1967 e que se estabeleça um plano de paz para a região. Como a segunda não está cumprida, a primeira não pode ser executada. Uma depende da outra. A situação de 1967 resultou de uma guerra de agressão por parte dos árabes, como a paz ainda não foi assinada, o statusquo mantem-se. Não se trata de territórios ocupados, mas de territórios sob ocupação.
Sobre o Hamas vejo que chuta para o lado, O que interessa é por as culpas em Israel, independentemente do que essa organização faça.
Tem andado distarido, já aqui várias vezes esse assunto dos pattidos israelitas foi abordado. E ao contrário do que diz, há um amplo consenso no sistema partidário israelita em relação à criação de um estado palestiniano. Anda mesmo distarido. O mesmo não se pode dizer das diferentes facções palestinianas. Algumas delas ainda têm nos regulamentos a extinção do Estado de Israel.
Sobre a solução de 2 estados, bem vindo ao clube. É com satisfação que o vejo nesse campo que é também o meu. Eu a julgar que o Castendo era apenas por um estado: o palestiniano.
Anónimo (10:31)
O bloqueio egipicio e a fronteira com o egipto não serve os propósitos dos agitprop. Como também não serve o barco sul coreano abatido à dias pela coreia do norte e que provocou 40 mortos. Essas coisas não movem a esquerda pacifista e humanitária...
@ Daniel
Não sei, mas é bem capaz de ser.
Sou favorável (e parece-me não haver outra saída) à solução dois estados (e, naturalmente, à sua coexistência pacífica). As posições extremadas não fazem mais do que alargar ainda mais os extremismos, passe a redundância.
Porque é que o David tem, na barra lateral do seu blog, a divisão amigos de Israel/palestinianismo? Para fomentar a coexistência? Ou será que, no fundo, no fundo, também escolheu a guerra e a manutenção do status quo?
@ Pedro
Pelo simples motivo que não confundo o povo palestiniano, com os "palestinianistas" que se aproveitam dele. Há muita gente a viver à conta da "causa palestiniania". Só por isso.
Eu sou "pior" que o Levy. Não vejo razão para a criação de um segundo estado palestiniano, porque a Jordânia já o é. Deviam era retomar o nome da actual Cisjordânia para o que sempre foi, Judeia e Sesmaria,dividir a zona e integrar em quakl qual tem de ser integrado.
«Eu a julgar que o Castendo era apenas por um estado: o palestiniano.»
Está visto que não lê o que está no Castendo. Por exemplo isto: http://ocastendo.blogs.sapo.pt/528676.html. Nem as posições do PCP, que SEMPRE, DESDE 1947, defendeu a existência do Estado de Israel.
Sobre o Hamas não chuto para o lado. Até porque sou solidário com os meus camaradas comunistas palestinos perseguidos pelo Hamas. Quem chuta para o lado é o David. Já leu o que sobre as origens e evolução do Hamas escreveu o Haaretz , por exemplo?
Desculpe-me a ironia, mas, como dizem os brasileiros, acho o máximo a sua afirmação «territórios sob ocupação». E depois ficam assim???... http://ocastendo.blogs.sapo.pt/888826.html (e respectivos links...)
Caro anónimo das 13:42,
Já percebi que as resoluções da ONU só são para cumprir se nos agradarem. As outras não.
E viva a lei do mais forte e abaixo o direito internacional!
@ Anónimo das 13:42
Percebo o que diz, mas julgo que essa solução é pior para o Estado de Israel. Nenhum estado pode desalojar 4 milhões de pessoas, e mesmo que pudesse, não teria legitimidade para o fazer. Os palestinianos vivem ali, e é ali que devem ter o seu país. Israel não deve nunca fazer com os palestinianos, os que os árabes tentaram (e tentam) fazer com os judeus desde 1948.
Esta minha perspectiva é sionista, porque ao separar os palestinianos de Israel (criando-lhes um estado próprio) valoriza o caracter democrático e judaico do Estado de Israel.
A situação actual não favorece isso, porque é uma situação de um único estado com milhões de palestinianos. É uma situação perigosa.
@ Castendo
Você pode dar as voltas que quiser, mas há uma coisa da qual não pode fugir: eu não trato a Palestina e os palestinisanos, da mesma forma que você trata Israel e os israelitas. Pode colar os links que quiser, mas de cada vez que eu lá vou apenas me deparo com caricaturas do mais puro e primário anti-israelismo. Nada mais que isso. O seu objectivo não é declarado, mas está todo lá: desligitimar o Estado de Israel, confundindo proprositadamente o governo israelita com o país.
«Em Israel e no campo palestiniano todos os intervenientes políticos o sabem. Dos dois lados há quem lute consequentemente por esta solução. Dos dois lados há quem a procure destruir e inviabilizar.
A chamada comunidade internacional omite que, quer na sociedade israelita, quer na sociedade palestiniana, há forças sociais e políticas bem diferenciadas. Esconde que há radicais dos dois lados da barricada. E moderados. E forças consequentes. Fala do terrorismo palestiniano, que é real. Mas aceita de bom grado chefes de Governo terroristas (Begin, Shamir, Sharon) que afirmam alto e bom som que primeiro há que matá-los (os palestinianos) para só depois negociar. Que proclamam que a Palestina é a Jordânia. Aceita governos de Israel onde participam partidos, com vários ministérios, que, em palavras e actos, negam TODOS os direitos aos palestinianos.
Há quem seja incapaz de ver os acontecimentos de forma diferente da redutora divisão entre bons de um lado e maus de outro. Felizmente há outros exemplos. Como o professor Richard Falk, relator especial do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Como Daniel Barenboim e Mariam Said, os promotores da paz através da música. Como o PC de Israel e a Frente Democrática para a Paz e a Igualdade que nestes dias se reuniram em Ramalah com representantes de facções da esquerda palestiniana, incluindo a Frente Democrática para Libertação da Palestina, a Frente Popular para a Libertação da Palestina e o Partido do Povo Palestino (comunistas). Como os militares que se recusam a disparar e a bombardear a Palestina. Como tantos e tantos outros que em Israel e na Palestina defendem um processo de paz genuíno. O trágico, dizem, é que isto é possível. Só é preciso querer.». Desculpe-me a longa citação de mim próprio.
Onde é que eu procuro «desligitimar o Estado de Israel, confundindo propositadamente o governo israelita com o país»?
@ Castendo
Referia-me às caricaturas carregadas de ódio que prega no seu blogue.
O resto é mais do mesmo: begin, shamir, sharon, maus; esquerdistas, bons.
Líderes israelitas, maus; líderes palestinianos, santos. etc etc
É o eterno problema de quem vê o mundo a preto e branco.
David, todos esses que elencas não passam de bimbos tão deslumbrados quanto amestrados. Deviam agradecer a Israel pelo facto de, com imenso sangue, servir de tampão à mais crassa irracionalidade sanguinária pronta a irromper pela mole lombriga europeia, um continente ingénuo entregue às garras da aniquilação suicidária de Hamas e quejandos.
Abraço. Estamos unidos!
@ joshua
Passam a vida destilar fel, mas parecem não perceber que só o destilam porque vivem no confortável ocidente. Adorava vê-los no Paquistão ou na Síria a pregar o laicismo ou os "direitos humanos"...
Abraço
Do Haaretz: (sem comentários)
"No matter how much effort it invests, Israel will never be able to explain to the world how nine civilians were killed, without a single death on our side - and the dead are citizens of the country that was until recently our best friend in the region. The consequences of this incident will necessitate a far-reaching investigation of the decision-making process and the execution."
http://www.haaretz.com/print-edition/news/straight-into-the-trap-1.293421
Caro David Levy,
Quanto a Begin e Shamir e os massacres de palestinos em que participaram em 1948 Esther Mucznik esclareceu-me há uns dois anos atrás que a sociedade israelita já o tinha reconhecido e que por isso era assunto arrumado. Discordo, mas pronto. Quanto a Ariel Sharon não fui eu que o considerei um «criminoso de guerra» pela sua actuação em 1982. Quando aldrabou tudo e todos, incluindo o 1º ministro do governo de que era ministro da defesa. Foram os órgãos do Estado de Israel. Que depois o tenham «perdoado» é algo que não percebo, sobretudo vindo de quem defende a liberdade e a democracia.
Tinham evitado ouvir e ver Sharon afirmar que se tivesse vivido na Alemanha nos anos 20 e 30 teria sido do partido nazi (está escrito e está gravado). É isto que considera um bom rapaz?
Líderes palestinos santos? Já escrevi precisamente o contrário. Talvez ignore que nos estatutos da OLP os comunistas palestinos estiveram proibidos de pertencer aos seus órgãos de direcção durante dezenas de anos, precisamente porque defendiam o direito à existência do Estado de Israel? E por isso foram perseguidos. Não é preciso ir para o Paquistão ou a Síria...
«É o eterno problema de quem vê o mundo a preto e branco.» diz o David.
Olhe que não, olhe que não. É um bocado difícil que assim seja para quem defende o método dialéctico como instrumento de análise da realidade social.
Quanto ao «conforto», errou o alvo. Basta-lhe ler aqui: «Carta Aberta ao Senhor Ministro dos Assuntos Parlamentares» http://ocastendo.blogs.sapo.pt/201584.html para ver que aos 17 anos e até ao 25 de Abril lutei na clandestinidade contra o regime fascista de Salazar e Caetano. Nesse campo poucas serão as lições que terei de receber...
Ó Joshua, desvalorizo a questão dos bimbos das mesma forma que desvalorizo os sentimentos de superioridade. Você fala da situação actual, após estado de Israel, o qual muito fez para fomentar aquilo a que chama irracionalidade sanguinária. V. está a dizer que serve de tampão a uma situação que não existia, logo não precisava de tampa. Dizer que existiria, hoje, da mesma forma sem o mesmo enquadramento histórico é mera adivinhação.
Bem explicadinho, qualquer bimbo percebe isto.
O Júbilo:
Israelitas celebram o massacre da flotilla em frente da embaixada Turca em Tel Aviv.
http://www.liveleak.com/view?i=6a3_1275348204
Parece que a provocação vai continuar, há mais um navio a caminho de Gaza.
Segundo os nossos anti-semitas, assumidos ou não, a marinha israelita devia escoltar a ajuda "humanitária" até Gaza, desejar boa viagem e mandar votos de felicidades ao Hamas, na sua campanha para destruir Israel.
Esta gente pensa que ali só existem problemas, devido ao estado de Israel, logo varrendo o estado sionista do mapa estava tudo resolvido e instalava-se uma sã convivência entre civilizações e reinaria a paz e a felicidade no mundo.
F.G.
@ F.G.
Esta gente já não tem vergonha nenhuma em dizer que o problema ali é a existência de Israel, que segundo eles nunca deveria ter sido criada.
Não me vou adiantar já que a minha posição é conhecida, mas para todos os efeitos começo a ter medo, muito medo, se calha a Turquia entrar na União. Sublinho o entendimento do Joshua tal e qual, anda meio mundo cego e temo que quando acordarem já vá ser tarde demais.
@ provocação
a Turquia já não quer entrar na UE. Como as coisas estão já nem precisa....
David,
Seria tão mais fácil o debate para si se todos fossem tão fanáticos e irracionais como o senhor, não seria?
Nem me dou ao trabalho. Uma coisa que tenho aprendido com este conflito: decidir quem são os nossos antagonistas num debate já é decidir em que moldes fazemos esse debate. Acho que deve discutir com o Euroliberal (não sei se conhece). Está mais talhado para si.
Caro Daniel Oliveira,
Não se preocupe tanto com o que dizem de si. A julgar pela forma como chegou aqui deve andar no minimo curioso em relação a isso.
O sr tem o direito de me julgar como quiser, e é natural que julgue isso, pois quem não afina pelo seu diapasão é porque é "fanático" e "irracional".
Se se der ao trabalho de reparar, em relação a este caso da flotilha, o meu enfoque foi mais para a reacção de certos sectores (nos quais o senhor está incluído) ao incidente, do que propriamente ao incidente em si. Foi um critério, como o senhor terá os seus.
Não quero acreditar que certas reacções como a do Aventar ou a do 5Dias não o choquem.
Eu não discuto com o Euroliberal há pelo menos 5 anos, desisti, mas também não lhe dou tempo de antena. Ao contrário de si, que já jurou a pés juntos que o bloqueava, mas continua deixá-lo debitar as insanidades do costume. Lá saberá porquê...
Não se quer dar ao trabalho, mas é pena, porque esses ares de superioridade ficam-lhe mal.
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