Não vejo qualquer motivo de regozijo, muito pelo contrário, pela reeleição do presidente Barack Obama, face ao que se lhe viu fazer e dizer no primeiro mandato no âmbito da política externa americana. Sendo as eleições presidenciais americanas um assunto que primeiramente diga respeito aos cidadãos norte-americanos, não é sem razão que elas mobilizam atenções e interesse por todo o mundo, precisamente pela importância dos Estados Unidos na defesa e preservação do mundo livre. E pelo que se viu até aqui, o que ele fez mais foi no sentido de alienar essa posição dos Estados Unidos. Saliento particularmente três aspectos marcantes dessa sua política externa, a meu ver, desastrosa: o discurso na Universidade do Cairo em 2009 no início do seu mandato cuja acção continuada veio a dar resultado à “primavera árabe” cujos efeitos e consequências estamos ainda longe de ver na sua plenitude; a alocução televisiva ao povo, mas também e particularmente, aos líderes iranianos, também em 2009, na qual manifestou de forma clara uma subserviência dos Estados Unidos perante as lideranças iranianas e um “wishful thinking” que arrepia, ao acreditar ser possível apelar a boas práticas de humanismo e respeito mútuo da parte daqueles líderes a ao demonstrar uma ignorância total sobre as suas verdadeiras motivações. Por último, a atitude “musculada” que tem mantido com Israel, seu principal aliado e única democracia do Médio Oriente ao mesmo tempo que tem “embarcado” na retórica palestiniana o que, receio, veremos agravar nos próximos tempos. Espero, muito sinceramente, vir a enganar-me!
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Não vejo qualquer motivo de regozijo, muito pelo contrário, pela reeleição do presidente Barack Obama, face ao que se lhe viu fazer e dizer no primeiro mandato no âmbito da política externa americana. Sendo as eleições presidenciais americanas um assunto que primeiramente diga respeito aos cidadãos norte-americanos, não é sem razão que elas mobilizam atenções e interesse por todo o mundo, precisamente pela importância dos Estados Unidos na defesa e preservação do mundo livre. E pelo que se viu até aqui, o que ele fez mais foi no sentido de alienar essa posição dos Estados Unidos. Saliento particularmente três aspectos marcantes dessa sua política externa, a meu ver, desastrosa: o discurso na Universidade do Cairo em 2009 no início do seu mandato cuja acção continuada veio a dar resultado à “primavera árabe” cujos efeitos e consequências estamos ainda longe de ver na sua plenitude; a alocução televisiva ao povo, mas também e particularmente, aos líderes iranianos, também em 2009, na qual manifestou de forma clara uma subserviência dos Estados Unidos perante as lideranças iranianas e um “wishful thinking” que arrepia, ao acreditar ser possível apelar a boas práticas de humanismo e respeito mútuo da parte daqueles líderes a ao demonstrar uma ignorância total sobre as suas verdadeiras motivações. Por último, a atitude “musculada” que tem mantido com Israel, seu principal aliado e única democracia do Médio Oriente ao mesmo tempo que tem “embarcado” na retórica palestiniana o que, receio, veremos agravar nos próximos tempos. Espero, muito sinceramente, vir a enganar-me!
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