A Casa Branca qualificou o discurso do primeiro-ministro israelita como “um passo em frente” para a paz no Médio Oriente. Mas para a Autoridade Palestiniana (AP), é uma prova de que as potências mundiais deveriam isolar Benjamin Netanyahu.
Também a União Europeia saudou o discurso, embora de forma cautelosa. “Na minha opinião, este é um passo na direcção certa. A aceitação de um Estado palestiniano está lá presente”, comentou o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Kohout. Para o seu homólogo sueco Carl Bildt – cujo país herdará da República Checa a presidência rotativa da UE em Julho – trata-se no entanto de “um pequeno passo em frente”.
Em Israel, Tzipi Livni, líder da oposição, disse que o primeiro ministro deu um passo na direcção certa, e que "sempre houve um consenso interno em Israel em matéria de segurança e na manutenção de Israel como estado judaico, as divergências têm surgido apenas no caminho para a obtenção dessas coisas".
Na direita parlamentar, Uri Orbach da "Casa Judaica", considerou perigosas as implicações da criação de um estado palestiniano. Já alguns deputados do Likud, como Danny Danon manifestaram a sua desaprovação ao discurso, estando já a decorrer movimentações ao nível do comité central do partido para a votação das propostas de Netanyahu. Arie Eldad, da União nacional, disse que Netanyahu perdeu a liderança do campo da direita, pois não só quebrou promessas eleitorais, como se converteu às ideias que sempre combatera.À esquerda, os trabalhistas apoiaram e aplaudiram as propostas presentadas, enquanto o líder do Meretz, Haim Oron, as criticou por virem demasiado tarde.
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