No meio de toda a tragédia que se tem vivido na Noruega, vieram ao de cima alguns dos muitos absurdos que dominam os países politicamente correctos. Um deles é um sistema judicial fofinho que independentemente do crime cometido, não atribui ao criminoso mais de 21 anos na prisão. Foi preciso alguém da extrema-direita cometer um atentado bárbaro para que se começasse a equacionar a hipótese de 21 anos de cadeia ser pouco - coisa que aparentemente nunca havia ocorrido aos legisladores noruegueses. Tão pouco que até mesmo numa situação de crimes contra a humanidade - um conceito algo vago e apenas aplicado nas situações convenientes - a pena não vai além dos 30 anos.
A Noruega, como outros países, andava a dormir na forma e foi apanhada completamente desprevenida em relação ao problema do terrorismo. E provavelmente não acordaria se não se tratasse de um terrorista mau. Porque se fosse um terrorista bom, do género Hamas ou até Hezbolah, traria consigo a compreensão e a contextualização necessárias para não se falar em alargamento de penas e muito menos em crimes contra a humanidade.
1 comentário:
Um terrorista bom que seria liberto enquanto resistente político? Não duvido.
Enviar um comentário