Após o espectacular sucesso mediático que obteve no histórico acordo com os sindicatos, Isabel Alçada nunca mais acertou uma.
Primeiro, na declaração estapafúrdica de justificar a chuva dentro um pavilhão escolar, acabado de construir, com as alegadas mudanças no clima.
Depois, nas mirabolantes propostas de alteração do Estatuto da Carreira Docente, que foram apresentadas de manhã e praticamente retiradas de tarde.
A seguir, nos trágicos acontecimentos que vitimaram um professor e um aluno, e que trouxeram o tema da indisciplina para a ordem do dia. Pouco habituada ao tema, Alçada declarou de imediato que o Ministério tem reforçado a autoridade dos Directores, sem especificar como, enunciando depois algumas medidas para combater o problema. Exemplo disso, foi o anúncio de um programa de formação sobre bullying para os professores e o fim da distinção entre faltas justificadas e injustificadas para alunos. Da primeira não se sabe grande coisa, mas teme-se o pior, da segunda fica-se com a impressão que a ministra parece desconhecer que o actual estatuto do aluno já faz a distinção entre os dois tipos de faltas.
Por fim, e a juntar a tudo isto, na proposta da Fenprof (que as agressões a professores sejam consideradas crime público), que Isabel Alçada imediatamente classificou como sendo uma possibilidade.
Quando se ocupa um lugar, sem estar devidamente preparada para ele, tudo é possível. E as possibilidades para Isabel Alçada têm sido de facto muitas: falar do que não sabe, ser a última a saber, não saber do que fala, e não saber o que dizer.
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