Afinal não são para acabar, são para ir acabando

Isabel Alçada acabou de dar uma entrevista à SIC onde se esforçou por justificar o injustificável. Esforçou-se, mas não conseguiu. Numa conversa cheia de vacuidades, e na qual teve dificuldade em responder às perguntas certeiras do jornalista,  lá foi dizendo que afinal não é bem assim, que os chumbos não são para acabar, são para ir acabando. Para isso referiu que a aposta é que "os alunos trabalhem mais", falou em estudos que sustentam essa ideia, sem especificar quais; voltou a comparar Portugal ao norte da Europa, um velho fetiche; deu permissão aos professores para continuarem a dar negativa aos alunos; falou numas metas de aprendizagem, mas não disse o que acontece se não forem atingidas. E não perdeu a oportunidade de debitar os chavões do costume: "estratégias diferenciadas",  "motivação", "aprendizagens diversificadas", "temos uma política educativa séria", "precisávamos de ter outras medidas, mas já as temos". 

Uma trapalhada total. Patética, confrangedora.