quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os árabes israelitas

Apesar de se tratar de uma polémica causada por motivos religiosos, é mais uma a juntar às outras que recentemente têm envolvido alguns sectores desta comunidade em Israel. A selecção de uma cantora árabe para representar o país no Festival Eurovisão da Canção e a tentativa de exclusão de dois partidos árabes das eleições (por serem contra a existência do estado judaico), são disso exemplo.
Perante a lei, estes árabes são cidadãos israelitas de pleno direito. O problema é que raramente adoptam posições enquanto tal. É indiscutível que parte significativa da comunidade árabe israelita só o é por conveniência, pois se pudesse seria outra coisa. Isto é facilmente demonstrável nas manifestações que costuma fazer. Manifestam-se como "árabes-israelitas", mas empunham apenas bandeiras da Palestina. De Israel, o seu país, nem uma.
Perante esta situação, várias questões se põem: como é que Israel enquanto estado judaico, dá cidadania a pessoas que são contra a sua essência? quais são as condições para se ser cidadão israelita? como é que se lida com uma demografia hostil? As respostas são simples, apesar de o problema ser complexo: a formação de 2 estados, e a transferência das populações que não queiram ficar no estado de que não gostam.
O governo israelita, paralelamente às questões do processo de paz, deve ir preparando a forma como vai lidar com o problema de alguns dos seus cidadãos árabes. Este assunto, deve ser tratado com frontalidade e seriedade e não com os habituais melindres do politicamente correcto.

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