"O país de Israel é o local onde o povo judaico nasceu. Foi aqui que o seu carácter espiritual, religioso e nacional se formou. Foi aqui que adquiriu a sua independência e que criou, ao mesmo tempo, uma civilização de importância nacional e universal. Foi aqui também que escreveu o Livro dos Livros para o oferecer ao mundo.
O povo judeu, exilado da Terra Santa, permaneceu-lhe fiel em todos os locais por onde se dispersou, orando sem cessar para que o regresso fosse possível e esperando sempre voltar a restaurar a sua liberdade nacional. Os judeus também se esforçaram através dos séculos para regressar ao país dos antepassados e aqui reconstruírem a sua nação, dirigindo-se em massa, nestes últimos decénios, para este país. Desbravaram o deserto, fizeram renascer a sua língua, construíram cidades e aldeias e fundaram uma forte comunidade que se expande continuamente, possuindo uma vida cultural e económica própria. O povo judeu procura a paz, mas está preparado para se defender e trouxe as riquezas do progresso a todos os habitantes.
A catástrofe nazi, que aniquilou milhões de judeus na Europa, demonstrou novamente a urgência que havia no restabelecimento da nação judaica, a única medida capaz de resolver o judaísmo apatricida, abrindo as portas a todos os judeus e conferindo-lhes a igualdade no seio da família das nações. Os sobreviventes da catástrofe europeia, bem como os judeus dos outros países, reivindicaram o direito a uma vida de dignidade, de liberdade e de trabalho e, sem se deixarem assustar pelos riscos nem pelo obstáculos, procuraram incansavelmente penetrar na Palestina. O povo judeu da Palestina contribuiu, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, na luta das nações desejosas de liberdade contra o flagelo nazi. O sacrifício destes soldados e os esforços dos trabalhadores qualificam este povo para tomar lugar entre os povos que fundaram as Nações Unidas.
Em virtude do direito natural e histórico do povo judaico, proclamaremos a fundação do estado judeu na Terra santa. Este estado terá o nome de Israel.
O Estado de Israel ficará aberto a imigração dos judeus de todos os países onde se encontram dispersos. O país será desenvolvido em benefício de todos os habitantes e será fundado nos princípios da liberdade, da justiça e da paz, tal como foi concebido pelos profetas de Israel. Respeitará a mais completa igualdade social e política de todos os cidadãos, sem distinção de religião, de raça, ou de seita. Garantirá a liberdade de religião, de consciência, de educação e de cultura. Protegerá os lugares santos de todas crenças e aplicará lealmente os princípios da Carta das Nações Unidas.
Adjuramos as Nações Unidas para ajudar o povo judeu a construir o seu estado e admitir Israel no seio da família das nações.
Convidamos os habitantes árabes do Estado de Israel a preservar os caminhos da paz e a desempenharem um papel no desenvolvimento do estado, na base de uma cidadania igual e completa, bem como de uma representação justa nas instituições, quer estas sejam provisórias ou permanentes. Estendemos a mão, num desejo de paz e boa vizinhança, a todos os estados que nos rodeiam e convidamo-los a cooperar com a nação judaica independente para o bem comum de todos. O Estado de Israel está pronto a contribuir para o progresso do Médio oriente.
Confiantes no Todo-Poderoso então, assinamos esta declaração no solo da pátria, nesta cidade de Tel Aviv e nesta sessão da assembleia provisória que tem lugar na véspera do sabat, no dia 5 de Iyar de 5708, ou seja, 14 de Maio de 1948.
Levantemo-nos para adoptar a Carta Constitucional que cria o estado judaico."
O povo judeu, exilado da Terra Santa, permaneceu-lhe fiel em todos os locais por onde se dispersou, orando sem cessar para que o regresso fosse possível e esperando sempre voltar a restaurar a sua liberdade nacional. Os judeus também se esforçaram através dos séculos para regressar ao país dos antepassados e aqui reconstruírem a sua nação, dirigindo-se em massa, nestes últimos decénios, para este país. Desbravaram o deserto, fizeram renascer a sua língua, construíram cidades e aldeias e fundaram uma forte comunidade que se expande continuamente, possuindo uma vida cultural e económica própria. O povo judeu procura a paz, mas está preparado para se defender e trouxe as riquezas do progresso a todos os habitantes.
A catástrofe nazi, que aniquilou milhões de judeus na Europa, demonstrou novamente a urgência que havia no restabelecimento da nação judaica, a única medida capaz de resolver o judaísmo apatricida, abrindo as portas a todos os judeus e conferindo-lhes a igualdade no seio da família das nações. Os sobreviventes da catástrofe europeia, bem como os judeus dos outros países, reivindicaram o direito a uma vida de dignidade, de liberdade e de trabalho e, sem se deixarem assustar pelos riscos nem pelo obstáculos, procuraram incansavelmente penetrar na Palestina. O povo judeu da Palestina contribuiu, no decorrer da Segunda Guerra Mundial, na luta das nações desejosas de liberdade contra o flagelo nazi. O sacrifício destes soldados e os esforços dos trabalhadores qualificam este povo para tomar lugar entre os povos que fundaram as Nações Unidas.
Em virtude do direito natural e histórico do povo judaico, proclamaremos a fundação do estado judeu na Terra santa. Este estado terá o nome de Israel.
O Estado de Israel ficará aberto a imigração dos judeus de todos os países onde se encontram dispersos. O país será desenvolvido em benefício de todos os habitantes e será fundado nos princípios da liberdade, da justiça e da paz, tal como foi concebido pelos profetas de Israel. Respeitará a mais completa igualdade social e política de todos os cidadãos, sem distinção de religião, de raça, ou de seita. Garantirá a liberdade de religião, de consciência, de educação e de cultura. Protegerá os lugares santos de todas crenças e aplicará lealmente os princípios da Carta das Nações Unidas.
Adjuramos as Nações Unidas para ajudar o povo judeu a construir o seu estado e admitir Israel no seio da família das nações.
Convidamos os habitantes árabes do Estado de Israel a preservar os caminhos da paz e a desempenharem um papel no desenvolvimento do estado, na base de uma cidadania igual e completa, bem como de uma representação justa nas instituições, quer estas sejam provisórias ou permanentes. Estendemos a mão, num desejo de paz e boa vizinhança, a todos os estados que nos rodeiam e convidamo-los a cooperar com a nação judaica independente para o bem comum de todos. O Estado de Israel está pronto a contribuir para o progresso do Médio oriente.
Confiantes no Todo-Poderoso então, assinamos esta declaração no solo da pátria, nesta cidade de Tel Aviv e nesta sessão da assembleia provisória que tem lugar na véspera do sabat, no dia 5 de Iyar de 5708, ou seja, 14 de Maio de 1948.
Levantemo-nos para adoptar a Carta Constitucional que cria o estado judaico."
Eram 4 horas e 57 minutos, David Ben Gurion declarou:
-Nasceu o Estado de Israel. A sessão terminou.
1 comentário:
Sinto orgulho em saber que há uma Humanidade capaz de criar o que foi criado e assinalado através deste discurso.
Obrigado Israel.
Ass.: um português.
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