... no Correio da Manhã. Excertos.
"Nós para termos uma mão-de-obra que ganhe bem temos de ter outra escola. Nós não podemos andar a formar analfabetos e depois dizermos para arranjarem empregos bons a esta gente."
"Agora mexer na escola e ficar tudo na mesma não interessa. Se os alunos estiverem lá e são tão bons os bons como são bons os maus, quer dizer, anda lá um número grande a atrapalhar o trânsito, em nome de uma coisa esquisitíssima e que eu não aceito que é a escola inclusiva. Ora, a escola é inclusiva se as pessoas estão lá para aprender. Se não estão para aprender têm de ir para outro sítio. Um estádio de futebol, põe-se lá toda a gente aos pontapés na bola. Agora, na escola só pode estar quem queira aprender. Mas isso tem de ser aferido. Nós temos todos os anos de verificar se eles aprenderam."
"Nós temos de ter programas decentes, feitos por intelectuais, por artistas, por técnicos. Nem sei quem é que os fez. São uns programas horríveis, os manuais são de fugir. E depois inverte-se tudo. Nós não podemos ter professores a ensinar bem se os alunos nem os ouvem. O senhor pode arranjar 200 mil catedráticos que não consegue ensinar esta gente. Porque eles não querem aprender. Oitenta por cento dos que estão lá não querem aprender. Bons são sempre bons. Quando nós éramos crianças também havia bons e havia maus. E havia uns médios e estes estudavam por causa dos exames."
"Temos os bons que eram bons e temos o resto. E como não há exames nunca chega a ocasião para estudar. Portanto isto é uma falsificação. O ensino em Portugal é uma intrujice. Uma intrujice cara. E depois inverte-se isto. Vamos avaliar os professores, nem sei quais são os critérios. No estado em que aquilo está parece-me uma tontice... "
"Nós estamos a bater no chão. (...) Um aluno sai dali e não sabe escrever. Eu ensinei muitos anos e acabei por me irritar com o ensino. Dava-lhes provas escritas e era dificílimo de entender o que escreviam. Cheias de erros, linha sim, linha não um erro, expunham pessimamente, tudo aquilo era um ver se te avias."
5 comentários:
Subscrevo inteiramente as afirmações do Dr. Medina Carreira. Penso que se ele tivesse oportunidade de entrar numa escola básica e contactar com os alunos, então o seu discuro tornar-se-ia bem mais acutilante!!
Caro mar da palha,
Inteiramente de acordo. MC não está lá, mas sabe do que fala.
O Dr Medina Carreira não se preocupa com o discurso do politicamente correcto!Agradeço-lhe por isso!
Dizer o que ele diz da decantada, exaltada, elogiada, celebrada e caríssima escola inclusiva valeria a cada um de nós, que estamos lá, o epíteto de ignorantes ( e tou a ser muito, mas muito simpática!)
Eu ainda acho que nós chegaremos a ser saneados...
Olha que já faltou mais, já!!
Enviar um comentário